segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

A NOIVA

 

Dino de Alcântara

Humberto de Campos, certa vez, contou a Magalhães de Almeida, então governador do Maranhão, na hora do almoço – uma torta de caranguejo com arroz de toucinho – que havia em Alcântara uma moça muito bonita, desejada por todos os homens do lugar, ricos e pobres. Ela, numa de suas inúmeras viagens a São Luís, acabou encontrando um noivo bem situado financeiramente na justiça do Maranhão. Ele fizera várias investidas antes do casamento, mas em vão. Ela não havia cedido de jeito nenhum. Dizia que só depois do casamento. Ele, louco de amor, aceitou as condições e a levou ao altar, na Igreja Remédios.

Na noite de núpcias, após as primeiras carícias, ainda deitado no leito, ele confessa a ela que fez muito bem ter-se guardado para o casamento, porque ele poderia ter desistido da união por considerá-la mulher mundana, igual a muitas outras que havia conhecido.

Ao que ela, numa sinceridade de criança:

– E eu não sei disso? Sou mulher tola não, meu maridinho! Dois em Alcântara já tinham me passado a perna! 

 

 

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

CASARÃO TOMBADO

 

– Aquele casarão da Rua da Estrela está tombado desde quando?

– Desde 1974, pelo IPHAN. Por quê?

– Porque a Mirante mentiu dizendo que foi ontem, por conta das fortes chuvas que caíram em São Luís.

QUALIFICAÇÃO PÓS-MODERNA

              Dino de Alcântara                                                    Micro CONTO (ou será miniconto?) Há tempos o gerente da...