Dino de Alcântara
– Oi, mãe. Faz um pix pra mim. 30 reais.
E, em três minutos, o valor acima muda de conta bancária.
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Se perguntarmos, hoje em dia, a alguns estudantes do Ensino Médio o que é cheque, é capaz muitos não saberem. A evolução da tecnologia fez enterrar uma série de tarefas que tínhamos de fazer ou aprender a fazer o mais rápido possível. Por exemplo: quando se estava falando num orelhão, precisávamos saber o exato momento de colocar outra ficha. Caso contrário, a ligação era interrompida.
E o que dizer dos preenchimentos dos cheques? Quem trabalhava em lojas, escritórios, etc. precisava saber direitinho.
* * *
Dona Josefa, secretária de um conhecido empresário do Piauí que para o Maranhão se mudou, tornando-se um rico comerciante de automóveis da Chevrolet (dizem que era o Noronha, mas não se tem certeza), foi chamado certa vez à sala do patrão.
Ao entrar na sala, recebeu a incumbência de preencher um cheque de 60 mil cruzeiros para um comerciante da praça.
Ao preencher, no entanto, dona Jofefa empacou com o nome por extenso do numeral, isto é, não sabia como se escrevia, se com Ç ou com SS. E, como chamavam o patrão de doutor, certamente ele sabia perfeitamente como se escrevia essa bendita palavra.
Na mesma hora, os neurônios do empresário piauiense atuaram mais rápido que um pistoleiro do velho Oeste.
– Dona Josefa, faz dois cheques de 30.
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