Semana passada, o professor Benevides, de Maracaçumé, divulgou um vídeo no seu perfil de Instagram em que mostra muito bem essa situação, que, cada vez mais, vem ocorrendo no Brasil. No vídeo, um anão interpreta uma nova portaria emitida pelo Fórum de Zé Doca de forma totalmente errônea, porque o fez através das redes sociais.
Explica-se o episódio, narrado pelo mestre Benevides: um advogado foi até o Fórum da cidade de Zé Doca verificar o andamento de processos em que figurava como defensor. Lá chegando, viu afixada, num mural, uma portaria sobre o uso de som automotivo na cidade. Depois de muitas reclamações, solicitações, o magistrado resolveu baixar uma portaria proibindo som, nos veículos, em volume acima de 65 decibéis. O Advogado gravou um áudio, porque escrever daria muito trabalho e gastaria muito tempo, e colocou em dois grupos de WhatsApp. Logo, outros áudios foram feitos e enviados. A notícia se espalhou até no Cujupe, como se portaria tivesse vigor em Alcântara.
Assim que ouviu o áudio, já bastante divergente do original, Ribinha de Zé Baiacu gravou um também e compartilhou em vários grupos. O áudio dizia apenas: “Galera, Estou aqui no Fórum de Zé Doca e acabei de saber uma informação repassada pelo Doutor Paulo. Diz que o juiz baixou uma portaria aqui. Agora som em carro, só se for baixinho. Quer dizer, você só pode botar o som no carro, mas só se for baixinho. Então galera, é isso!”
No dia seguinte, após ouvir o áudio de Ribinha de Zé Baiacu, um cidadão de Zé Doca foi para a porta da quitanda de Aniceto, pediu uma cerveja antarctica e meteu o som no carro. Bem alto. E nem se preocupou com volume, já que a portaria era bem clara: “Som no carro, só se for baixinho”.
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