segunda-feira, 5 de agosto de 2024

O ESPÍRITA DE ALCÂNTARA

 ESBOÇO DE UM CONTO

  Dino de Alcântara


O professor Jonas Messias Pereira, quando passou no Curso de Letras, nos anos 70, veio de Alcântara, onde era nascido e criado, para São Luís, primeiro para a casa de uma tia, depois para uma pensão, na Rua do Norte.

Em 1979, graduou-se em Letras, com habilitação em Língua Francesa. No ano seguinte, 1980, tornou-se professor do Colégio Humberto de Campos, no São Francisco. 

No mesmo ano, iniciou-se no Espiritismo, lendo a famosa obra O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec

As más línguas andaram dizendo que veio de Alcântara como católico fervoroso, sabendo rezar até o terço, mas, por conta de um professor de língua francesa, esqueceu a doutrina do Vaticano e mergulhou na doutrina Kardecista.

Quem o conheceu nos anos 80 (faleceu o nosso professor na metade dos anos 90, de causa não diagnosticada, pois que morreu em Alcântara, em uma de suas viagens) jura que ele nunca chegou a ler o livro de Kardec todo. Leu, quando muito, diziam, até a página 60.

Não se sabe se leu o romance de Jorge Amado, Mar Morto, a história do mestre Guma e do seu saveiro Valente, mas aconteceu um fato inusitado com o mestre Jonas. Ele, mesmo sendo considerado espírita de carteirinha, nunca chegou a frequentar um centro, nem no Lira, do senhor Bonifácio, nem no Filipinho, onde havia o famoso Centro Espírita Allan Kardec. Motivo: o alcantarense, desde os tempos, de infância, na Pompeia Maranhense, nunca teve medo de gente viva, mas... das almas do outro mundo... morria de medo ou, como dizia Mundica de Ziquié, ele se pelava de medo de visagem.

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