Dino de Alcântara
Teatrinho a Vapor
DONA MERCEDES – Dona de casa, conhecida, no Desterro,
como caloteira, pois decretava, vez ou outra, mesmo com dinheiro em casa, a moratória de suas dívidas na praça.
MARIA – Empregada da casa de Dona Mercedes.
DONA GLÓRIA – Costureira.
Cenário: Casa de Dona Mercedes, no Desterro.
A cena passa-se em 1972.
DONA GLÓRIA (Batendo à porta da casa de Dona Mercedes.) – Oh de casa!
DONA MERCEDES (À Mundica.) – Oh, Maria, vai ver quem é. Se for gente me cobrando, já sabe: eu não recebo ninguém.
MARIA – Sim, Senhora. (Abrindo a porta.) – Bom dia. O que é?
DONA GLÓRIA – Dona Mercedes está em casa?
MARIA – Está, mas ela não pode receber.
DONA GLÓRIA – Receber ela não pode... e pagar, ela pode?
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