segunda-feira, 21 de outubro de 2024

O QUE NÃO MATA...

 

Dino de Alcântara

Teatrinho a Vapor

Dona Márcia, paciente. Preparada para fazer a a cirurgia bariátrica. Imagem gerada pela IA.

 

GILCILENE – Técnica em enfermagem do Cujupe. Está há dois dias trabalhando numa clínica de São Luís que faz, entre outras cirurgias, a bariátrica. Está em fase de experiência, porque faz três meses que terminara o curso técnico. Tem um defeito, como poucos moradores da terrinha: tem uma língua grande. Como se sabe, trata-se de uma exceção.

DONA MÁRCIA – Paciente para a cirurgia bariátrica. Pesa 175 quilos, mas já chegou a pesar 210. Tem alguns problemas, entre eles, uma ansiedade crônica. Tem muito medo de morrer. 

 

Cenário: Centro pré-cirúrgico da clínica....

Cena: Preparada para a cirurgia, descobriu-se que a paciente estava com pressão muito alta. Então o médico mandou que a técnica desse um comprimido para pressão. Mas, ao entregar o remédio para a paciente tomar, Gilcilene bate no cotovelo de Dona Márcia, deixando cair a pílula no chão.

 

GILCILENE – Oh, Meu Deus! Tô lerda hoje!

DONA MÁRCIA – Desculpa! Eu é que tô nervosa. 

GILCILENE (Juntando o comprimido e dando-o à paciente.) – Dona Márcia, tome a pílula assim mesmo. (E, num rasgo de sinceridade!) O que não mata, engorda!

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