segunda-feira, 26 de maio de 2025

O DOCE E O LICOR

 Dino de Alcântara

 

 Teatrinho a Vapor 


LÁZARO – Turista em Alcântara.

ATENDENTE – Funcionária de uma loja de doces e licores.

 

Cenário: Lojinha de doces regionais – Ladeira do Jacaré, Alcântara – Maranhão. 

A cena passa-se em 1998.

 

Prólogo: Lázaro, caboco que, no dizer de Benedito Rato, dava nó em pingo d’água, entra na famosa loja de Doce de Espécie.

 

ATENDENTE – Bom dia, moço! Deseja alguma coisa?

LÁZARO – Como se chama esse doce?

ATENDENTE – É Doce de Espécie. É um dos melhores doces do Maranhão. Típico daqui de Alcântara.

LÁZARO – Pois me dê um, que eu quero provar!

ATENDENTE (Entrega a Lázaro o doce.) – Tome! É uma delícia!

LÁZARO (Devolve o doce.) – Não. Me dê um licor de jenipapo. Dizem que aqui tem o melhor licor do Maranhão.

ATENDENTE (Dá-lhe o licor.) – É excelente!

LÁZARO (Toma.) – Obrigado! É bom mesmo! Até logo! (E sai da lojinha).


ATENDENTE (Vendo-o sair.) – Ei, moço, você não pagou o licor!

LÁZARO (Parando bem na porta.) – Mas eu lhe dei o doce em troca.

ATENDENTE – Mas você também não pagou por ele.

LÁZARO (Com a cara mais séria do mundo.) – E por acaso eu comi?!

(E ganhou a rua.)


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