Dino de Alcântara
Teatrinho a Vapor
Imagem criada pela I.A.
JONAS – Professor de Língua Portuguesa na Rede Municipal de São Luís. É considerado sem nenhuma sorte na cidade. Sonha ter uma namorada, seja bonita ou feia, desde que seja só sua. Não frequenta cabaré.
MANÉ PROSA – Funcionário público. Sortudo, na visão dele próprio. Costuma frequentar os cabarés da cidade.
LABICHO – Estudante, já em tempos de trabalhar, mas, por conta de uma mesada dos pais, moradores de Alcântara, ainda vive metendo os beijos nos copos de cerveja nos bares de São Luís.
Cenário: Bar Antigamente. Praia Grande.
A cena passa-se em 2007.
JONAS (Entrando no bar e sentando-se junto à mesa.) – Boa noite, meus amigos. Pensei que não os encontraria por aqui hoje!
MANÉ PROSA (Após pedir um copo ao garçom.) – Oh, professor, sente-se aqui conosco e tome uma Antarctica.
LABICHO – Como vai, professor?
JONAS – Rapaz, para variar, estou numa maré de azar danada. Estou até com medo de passar embaixo de urubu.
MANÉ PROSA (Contendo um risinho.) – E com as moças? Nada ainda, professor?
JONAS – Nada!
LABICHO (Vendo que ele tinha entre o material um livro de Ari Toledo.) – Está lendo Ari Toledo agora, mestre?
JONAS – Pois é... Para ver se tenho assunto com as moças...
MANÉ PROSA – E tem adiantado?
JONAS – Que nada... Quer dizer... Tive foi um pesadelo, depois de ler esse livro ontem.
LABICHO – Pesadelo?!
JONAS – Sonhei que eu estava numa praia deserta com três mulheres...
LABICHO – Mas isso não é pesadelo! É sonho maravilhoso!
JONAS – No sonho, estavam a Rita Cadillac, a Xuxa, e a Thais Araújo... todas nuas, e eu lá...
MANÉ PROSA – Mas não entendo por que foi pesadelo!
JONAS – Porque não era eu, entenderam?
MANÉ PROSA – Não.
LABICHO – Também não.
JONAS – Não era eu aqui que estava lá, quer dizer era...
MANÉ PROSA – Isso está meio doido...
JONAS – É que eu era o Clodovil, compreendem?
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