Dino de Alcântara
CONTO-ANEDOTA
Na cidade de Alcântara, Brito Pereira, jornalista metido a leituras literárias, com uma boa biblioteca em casa, indo de Stanislaw Ponte Preta a Guimarães Rosa, parou um pouco a escrita que estava fazendo – um artigo sobre o carnaval de São Luís para o Jornal Pequeno e para alguns portais (para os quais colaborava) – e, com uma xícara de café, foi à janela espiar a rua.
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Brito Pereira espiando a rua - Ilustração feita com auxílio de IA |
Do outro lado da rua, num trechinho sem pedras, um gato parou. Bisbilhotou o ambiente. Não havia nenhum outro de sua espécie. Fez uma pequena cova, cavando com as garras. Pronta a cova, ele ficou em posição de quem precisava lançar na terra o que o organismo não queria mais. Sim, precisava expelir os excrementos do intestino. Desobrigada a natureza, com calma, lançou sobre a sua obra uma boa quantidade de terra, sepultando para a eternidade (não... Isso seria profanar os mortos...), jogando num aterro sanitário o lixo que ele havia produzido. E saiu de mansinho, como se nada tivesse feito ali.
Nessa hora, o professor do IFMA, João Batista Nogueira, que também parecia ter presenciado a cena, dá com os olhos no jornalista - que espiava a cena.
Sério, como se estivesse fazendo um texto crítico para a revista Clima, o redator, apontando para a cova do felino, desfere em tom de sátira:
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