segunda-feira, 30 de junho de 2025

O GATO COVEIRO DE ALCÂNTARA

 Dino de Alcântara

                                                                CONTO-ANEDOTA

O gato coveiro - Ilustração feita com auxílio de IA.

Na cidade de Alcântara, Brito Pereira, jornalista  metido a leituras literárias, com uma boa biblioteca  em casa, indo de Stanislaw Ponte Preta a Guimarães  Rosa, parou um pouco a escrita que estava fazendo – um artigo sobre o carnaval de São Luís para o Jornal  Pequeno e para alguns portais (para os quais  colaborava) – e, com uma xícara de café, foi à janela  espiar a rua. 

Brito Pereira espiando a rua - Ilustração feita com auxílio de IA

Do outro lado da rua, num trechinho sem pedras,  um gato parou. Bisbilhotou o ambiente. Não havia  nenhum outro de sua espécie. Fez uma pequena cova, cavando com as garras. Pronta a cova, ele ficou em  posição de quem precisava lançar na terra o que o  organismo não queria mais. Sim, precisava expelir os  excrementos do intestino. Desobrigada a natureza,  com calma, lançou sobre a sua obra uma boa  quantidade de terra, sepultando para a eternidade  (não... Isso seria profanar os mortos...), jogando  num aterro sanitário o lixo que ele havia produzido.  E saiu de mansinho, como se nada tivesse feito ali. 

Nessa hora, o professor do IFMA, João Batista  Nogueira, que também parecia ter presenciado a  cena, dá com os olhos no jornalista - que espiava a cena. 

Sério, como se estivesse fazendo um texto crítico  para a revista Clima, o redator, apontando para a  cova do felino, desfere em tom de sátira: 



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